Número de camelôs aumenta 43% em João Pessoa
Partir para as ruas é a solução para driblar a situação de desemprego para centenas de pessoas na capital paraibana. De acordo com dados da Associação dos Ambulantes e Trabalhadores em Geral da Paraíba (Ameg), o número de vendedores ambulantes aumentou 42,85% no último ano. Márcia Medeiros, presidente da associação, informou que o número passou de 350 para mais de 500 em um ano.
“Um crescimento em torno de 43% de ambulantes na região central que infelizmente não para de crescer em razão da falta de oportunidade no mercado formal”, declarou.
Já segundo a Secretaria de Desenvolvimento e Controle Urbano (Sedurb), a área central da cidade abriga 500 ambulantes cadastrados desde o ano de 2021, data do último cadastramento. O montante atual, no entanto pode ser maior já que, de acordo com a Ameg, os números aumentaram após o período mais severo de pandemia da Covid-19.
A maior concentração de ambulantes está no entorno do Parque Solon de Lucena, onde a população em geral chega a encontrar dificuldades para locomoção. Apesar da desorganização com inúmeros tabuleiros ou bancas montadas nas calçadas, a maioria das pessoas que frequentam o Centro da cidade, não são contra a ocupação dos vendedores ambulantes.
A dona de casa Marlene de Sousa, por exemplo, argumenta que a situação não é de culpa ou responsabilidade dos vendedores, já que estão em busca do seu sustento. “Acredito que essas pessoas estão aqui por falta de oportunidades. É melhor termos um monte de camelôs nas ruas do
que o aumento na criminalidade”, comparou.
A presidente da Associação dos Ambulantes e Trabalhadores em Geral da Paraíba (Ameg), Márcia Medeiros, disse que a categoria sente a ausência de programas que sejam direcionados aos trabalhadores. Porém, informou que está em diálogo constante com a Prefeitura de João Pessoa em busca de melhores condições para os ambulantes.
Ela revelou que existem alguns projetos em andamento, e que um dos principais é a construção de novos shoppings populares, com maior estrutura para os vendedores. “Outra proposta da Associação dos Ambulantes é a criação de Feiras Livres Intermitentes no Centro da cidade para contemplar os ambulantes que trabalham com frutas e legumes na região”, afirmou.
A Associação tenta, ainda, o sonho antigo da construção de um shopping a céu aberto para os ambulantes. “Desde o ano de 2012 temos esse sonho para nossa cidade. Inclusive a prefeitura tem feito avaliações sobre esse sonho e continuamos aguardando”, revelou.
No sentido de solucionar o problema de ocupação irregular do uso do espaço público na região central da cidade, o prefeito Cícero Lucena, anunciou, em novembro do ano passado, a construção de um novo shopping popular. O empreendimento, que deverá ser construído este ano, será denominado ‘Shopping Solon de Lucena’. A prefeitura estima que as obras comecem ainda no primeiro semestre deste ano.
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