Câmara de vereadores de João Pessoa quer incluir discussão sobre feminicídio nas escolas
Dinho justifica que a intenção é conscientizar os jovens e adolescentes sobre a necessidade de enfrentamento ao feminicídio. Todas as escolas ficarão obrigadas a tratar do tema na data prevista caso o PL seja aprovado e vire lei: “A proposta é formar cidadãos conscientes sobre a problemática e capazes de denunciar casos de violência”, disse.
Como justificativa, Dinho apresentou dois casos no Projeto. Um deles foi crime ocorrido em 21 de novembro de 2014, quando um adolescente armado invadiu a Escola Municipal Violeta Formiga, no bairro de Mandacaru, atirou e matou a estudante Maria Beatriz, de 14 anos. O segundo caso é mais recente: trata-se do assassinato de Patricia Roberta no último fim de semana. A jovem veio de Caruaru e foi morta por um “amigo” na casa dele, no bairro de Gramame, onde ela estava hospedada
Em 2020, na Paraíba, 81 mulheres foram assassinadas de janeiro a novembro. A polícia trata 35% dos crimes como feminicídio. Significa que, até agora, as investigações mostram que 29 vítimas foram mortas pela condição de gênero.