O “X” da questão
O poder e o capital são irmãos siameses. Um alimenta a ganância do outro. Cada um necessita do outro para perpetuar o lucro econômico e a dominação política. Aquele que detém a maior quantidade de riqueza também terá maior projeção social e influência sobre o conjunto da sociedade.
O multimilionário Elon Musk é o símbolo maior do ultracapitalista que ameaça a democracia. Ele é considerado o homem mais rico do mundo. Dono de uma fortuna calculada em mais de 243 bilhões de dólares, o empresário sul-africano radicado nos Estados Unidos desafia a estabilidade política em diversos países, principalmente no Brasil.
Dono do aplicativo de mensagens “X” (antigo Twitter), Elon Musk recusou-se a cumprir reiteradas determinações judiciais do STF. Em nome da absoluta liberdade, Musk permite que os usuários do “X” cometam crimes contra as instituições democráticas.
O aplicativo “X” não é a principal empresa do multimilionário Elon Musk. A sua fonte principal de lucro é a Tesla, empresa que fabrica carros elétricos. Mas o “X” é o seu canal político de pressão sobre governos locais. Mais poder, mais dinheiro.
O ministro Alexandre de Moraes agiu corretamente em mandar suspender a atuação do aplicativo “X” no país. Todas as empresas que atuam no Brasil têm que cumprir com a legislação existente. Ninguém está acima da lei. Mesmo sendo o Elon Musk.
A punição tem que ser exemplar. Caso contrário, os crimes perpetrados nas redes sociais ficarão impunes e a democracia, que se baseia no império da lei, será definitivamente aniquilada.