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João Azevêdo confirma presença no ato “Democracia Inabalada”

O governador João Azevedo confirmou que vai participar do ato que marcará um ano dos ataques golpistas às sedes dos três Poderes, em Brasília na próxima segunda-feira (8) e deve reunir no Congresso Nacional cerca de 500 convidados, entre autoridades e representantes da sociedade civil.O evento será chamado de “Democracia Inabalada”, mote da campanha lançada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em resposta aos atos de 8 de janeiro.

O gestor paraibano avalia que o dia 8 de janeiro deixou clara a capacidade de resposta das instituições para combater tentativas de derrubar a democracia. 

“O que se fará neste dia 8 de janeiro é a ratificação da nossa posição, intransigente da defesa da Democracia. Nós não podemos aceitar retrocessos e não tenho dúvida que pela forma com que o presidente Lula fez a gestão deste país ao longo de 2023, não houve e não haverá, evidentemente, extinção de posições extremistas, mas houve um arrefecimento dessas colocações. Você sente hoje que o clima é muito mais leve do que estava quando terminaram as eleições  passadas”, comentou.

 Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, o governador João Azevêdo avalia que o clima vivenciado no país é reflexo de uma gestão que possibilitou mais dignidade à população. Azevêdo já apontou por diversos momentos que o estreitamento da relação com o Governo Federal  trouxe avanços à Paraíba. 

“Isso tudo é fruto do resultado da própria gestão, porque quando você tem um país que está gerando emprego e tá fazendo  com que as pessoas tenham acesso à comida, acesso à programas sociais, isso tudo que foi reconstruído em 2023, permite que hoje a gente faça uma leitura de que o país está vivendo um momento melhor do que estava no início de 2023, com relação aos extremismos políticos e com a condição geral do país. Esse é um trabalho constante , contínuo de construção e de manutenção da democracia”, refletiu o gestor. 

O deputado federal Mercinho Lucena (Progressistas)  também confirmou presença no ato. O parlamentar que iniciava o seu primeiro mandato foi surpreendido pelos ataques anti-democráticos e relembrou  que o ano de 2023 foi muito difícil, pela instabilidade provocada pelos atos. 

“O que aconteceu foi realmente estarrecedor, um momento difícil para a democracia mas os poderes mostraram união e mostraram que realmente a nossa democracia é sólida, que realmente os poderes têm força e autonomia e esta é a melhor forma possível de se dar prosseguimento às conquistas que obtivemos nesse país. Eu vou participar”, confirmou.

No contraponto, governadores alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro, não apenas filiados ao PL mas a outros partidos, já se preparam para fugir da manifestação e até mesmo do país, agendando viagens a paraísos no exterior para não coonestar com o ato que terá forte simbolismo em defesa da democracia. Este é o caso do deputado federal Cabo Gilberto, que deverá ficar de fora. Gilberto é bolsonarista e chegou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas a ação foi arquivada.

  O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não comparecerá ao evento. Tarcísio está na Europa e só deve retornar ao Brasil na noite do dia 8, após o ato; auxiliares de Tarcísio falaram que houve apenas uma “coincidência” e conflito entre as datas. Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal e uma das principais figuras no desenrolar no 8 de Janeiro, também não poderá comparecer ao evento. Em 9 de janeiro do ano passado, o Supremo afastou Ibaneis do cargo por conduta “dolosamente omissiva” em relação ao ataque. Ele retornou ao posto dois meses depois, em 15 de março. 

Convite para o novo ato 8/1 

No começo do mês de dezembro, o presidente Lula anunciou que convidaria todos os governadores e explicou que o evento tem o objetivo de “lembrar o povo que houve uma tentativa de golpe, que foi debelado pelas forças democráticas brasileiras”.

Deputados, senadores e governadores de estado também já confirmaram presença para demonstrar união do Congresso, do Supremo Tribunal Federal , do Executivo em prol da democracia brasileira.

“Estou convidando todos os governadores, porque dia 8 de janeiro vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou-se dar um golpe no dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia desse país. Pretendo ter todos os governadores aqui, deputados, senadores, empresários, para nunca mais deixar as pessoas colocarem em dúvida que o regime democrático é a única coisa que dá certeza de as instituições funcionarem e o povo ter acesso à riqueza que produz”, disse o presidente. 

No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes na capital federal. Em poucas horas, manifestantes destruíram patrimônio público e vandalizaram áreas internas dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF.

No ato da semana que vem, está previsto um momento simbólico relacionado a obras que foram danificadas nas invasões no dia 8. Um deles será a entrega simbólica da tapeçaria de Burle Marx na qual vândalos urinaram durante os ataques. A peça já passou por restauro e, em outubro, voltou a ser exposta no Congresso Nacional. Ainda será parte da cerimônia a restituição simbólica de um exemplar da Constituição Federal furtada do STF pelos golpistas e posteriormente recuperada.

O próprio presidente Lula (PT) está engajado no evento e convidou pessoalmente ministros do STF a comparecer. Durante uma reunião ministerial em dezembro, convocou todos os seus 38 ministros para ir ao evento.

No evento, deverão ocorrer discursos de seis autoridades: Lula, Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, presidente do STF, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso, e Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte.

Também são esperados no ato o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a ex-presidente do STF Rosa Weber e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.