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O Brasil voltou

Durante o governo Bolsonaro (PL), o Brasil tornou-se um pária internacional. As suas ações antidemocráticas, a postura criminosa diante da epidemia de Covid-19 e a atitude irresponsável frente à degradação do meio ambiente nos envergonhou perante o mundo. Mas, graças ao pleito eleitoral de 2022 e ao fracasso do golpe de 8 de janeiro, as coisas mudaram.

Em seu discurso na ONU, o presidente Lula (PT) demonstrou que o país retornou ao cenário mundial de cabeça erguida. Seu discurso foi aplaudido 7 vezes. O único que cruzou os braços e esboçou um semblante zangado foi o presidente da Ucrânia Zelenski, aquele que passou de comediante a senhor da guerra.

No seu pronunciamento, que durou apenas 21 minutos, Lula tocou nos principais problemas que afligem a humanidade.

Abordou a questão da fome que assola mais de 700 milhões de pessoas por todo o mundo, denunciando a desigualdade social através da concentração de riqueza nas mãos de uma ínfima minoria. Também tratou da crise climática que atinge, principalmente, os mais pobres com ondas de calor, enchentes e secas, gerando fome e miséria.

Denunciou, com veemência, o modelo neoliberal adotado nos últimos 20 anos. Ressaltou que ele ampliou o fosso social e, por não solucionar os principais problemas humanos, tem se tornado terreno fértil para o surgimento de populistas de direita em vários países.

Em outro momento da fala, Lula ressaltou a importância em combater o racismo, o machismo e o preconceito contra a comunidade LGBTQI+, além de ter adotado medidas concretas para promover a igualdade salarial entre homens e mulheres.

O presidente Lula não é perfeito. Nenhum presidente, em toda a história republicana, o foi. Mas o seu diferencial com relação a Bolsonaro foi reconhecido, em primeiro lugar, pela maioria da população brasileira em 2022, e agora pela maioria das nações do planeta. Isso já é um alento monumental.

Por Lúcio Flávio Vasconcelos