Secretaria de saúde reforça ações para dignosticar o câncer de próstata
Diante os números alarmantes de novos casos de cãncer de próstata, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça as ações junto aos 223 municípios, para garantir a atenção integral à saúde do homem na Atenção Primária (Unidades de Saúde da Família – USF). O diagnóstico precoce da doença é essencial e feito por meio do toque retal e da dosagem do PSA no sangue, exames que são solicitados nas USFs. O mês de novembro é dedicado à campanha de prevenção do câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).
Entre as ações da SES junto aos municípios, estão o estímulo à estratégia do pré-natal do parceiro; incentivo aos profissionais de saúde e à população em geral para fazerem os cursos ofertados gratuitamente pelo Ministério da Saúde; discutir a possibilidade de pensar e organizar horários alternativos de atendimento à população em geral.
Ainda fazem parte das ações: favorecer acesso às informações sobre direito sexual e reprodutivo por meio de palestras e rodas de conversa; prevenção e controle de infecções sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV; realizar campanhas que trabalhem questões que envolvam a higiene íntima da população masculina; divulgar e incentivar a população masculina de seu território para participarem de atividades de planejamento reprodutivo.
“Com estas ações, a SES busca estimular os municípios a garantirem que os homens tenham, na Atenção Primária (USF) atendimento à saúde de forma integral. Afinal, existem doenças que matam mais que os cânceres, a exemplo das doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e diabetes”, disse o coordenador da Saúde do Homem, Hélio Soares da Silva.
As doenças que mais afetam os homens são: infarto agudo do miocárdio, fatores externos (acidentes/violência por arma de fogo ou arma branca), diabetes mellitus, pneumonia e acidente vascular cerebral hemorrágico. Dentre os cânceres, estão o de próstata, dos brônquios e dos pulmões, do estômago, do fígado e vias biliares intra-hepáticas, e da cavidade oral/ traqueia, brônquio e pulmão.
“É importante atentarmos para a quantidade de óbitos por câncer de pênis, que, mesmo sendo poucos em relação a outras causas de morte, é um câncer prevenível com hábitos de higiene íntima e cuidados que podem ser diagnosticados e tratados na infância”, informou Hélio.
Os exames preventivos devem ser realizados uma vez ao ano, após os 50 anos, ou conforme orientação médica, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. Homens da raça negra ou com parentes de primeiro grau (pai, irmão, tios), com histórico de câncer de próstata, devem começar aos 45 anos.
Mais do que qualquer outro tipo de câncer, o de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
O tratamento do câncer pelo SUS na Paraíba é realizado nos Hospitais Napoleão Laureano e São Vicente de Paula, em João Pessoa; na Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e no HU, em Campina Grande; e na Unidade de Oncologia do Sertão – Hospital do Bem, localizado no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos.
Mortes – No período de 2017 a 2021, morreram na Paraíba 6.167 homens vítimas de infarto agudo do miocárdio; 4.169 de violência por arma de fogo ou arma branca; 3.817 de pneumonia; 3.840 de diabetes e 1793 de AVC. Os 3.882 óbitos de homens causados por câncer, de 2017 a 2021 estão distribuídos da segunda maneira: próstata – 1.518; pulmões – 1.105; estômago – 811; cavidade oral – 405 e pênis – 43.