PIB recua 0,1% no segundo trimestre , consumo de famílias estagnou
Um dos principais marcadores de crescimento econômico do país, o Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,1% no segundo trimestre de 2021. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o saldo negativo expõem perda de dinamismo após o após primeiro trimestre (1,2%) e os três últimos trimestres do ano passado. A Despesa de Consumo das Famílias ficou em 0,0% e a Despesa de Consumo do Governo cresceu em 0,7% cresceu em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Em relação aos setores, a Agropecuária registrou a maior queda (-2,8%), seguida pela Indústria (-0,2%). Por outro lado, os Serviços cresceram 0,7%.
Entre as atividades industriais, o desempenho foi puxado pelas quedas de 2,2% nas Indústrias de Transformação e de 0,9% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. Essas quedas compensaram a alta que houve de 5,3% nas Indústrias Extrativas e 2,7% na Construção.
Nos Serviços, houve resultados positivos em Informação e comunicação (5,6%), Outras atividades de serviços (2,1%), Comércio (0,5%), Atividades imobiliárias (0,4%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e Transporte, armazenagem e correio (0,1%). Houve também estabilidade para Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%).
“Apesar dos programas de auxílio do governo, do aumento do crédito a pessoas físicas e da melhora no mercado de trabalho, a massa salarial real vem caindo, afetada negativamente pelo aumento da inflação. Os juros também começaram a subir. Isso impacta o consumo das famílias”, observou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Com informações de Congresso em Foco