Vereadora governista pressiona prefeitura para apresentar cronograma de retomada das aulas presenciais
A vereadora Eliza Virgínia (PP) vem pressionando a Prefeitura da capital a retomar as aulas presenciais nas escolas municipais. A parlamentar solicitou à Secretaria de Educação do Município que encaminhe o relatório das atividades desenvolvidas para a preparação das escolas, funcionários e professores para a retomada das aulas presenciais. O documento apresentado pela veradora foi aprovado pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) como requerimento por unanimidade.
“Boa parte dos estados e capitais brasileiras já autorizaram o retorno às aulas presenciais na rede particular de ensino. Na rede pública, porém, esse retorno tem sido bem mais lento, e os alunos ainda passam por grandes indefinições quanto à volta às aulas presenciais”, diz a vereadora, em sua justificativa. Eliza ainda lembra a Lei 14.123/2021, que reconhece os serviços educacionais por meio de aulas presenciais em escolas públicas e privadas como atividades essenciais para a população de João Pessoa.
“Os pais estão trabalhando e deixando seus filhos em casa sozinhos, passando perigo. Lugar de criança é na escola, e não em casa passando fome, ou necessidade. Precisamos retomar as aulas, inclusive das escolas públicas”, argumentou Eliza Virgínia.
O vereador Marcos Henriques (PT) concordou com a importância do retorno das aulas presenciais, mas defendeu que as atividades só sejam retomadas após a vacinação dos professores. “O que passa na minha cabeça é que devemos voltar de maneira uniforme, todos já com a vacina estabelecida. Esse é o pensamento dos professores da rede pública”, declarou. Já o vereador Junio Leandro (PDT) sugeriu que os governantes discutam com os cientistas e profissionais da área de saúde antes de decidir o que é seguro ou não. “É dever do estado cuidar da vida. A vida é prioridade na Constituição”, destacou.
O vereador Marcílio do HBE (Patriota) informou que existe um plano nacional de prevenção, apresentado pelas escolas, para a retomada segura das aulas presenciais. “Se fosse para só retomarmos as atividades quando a vacinação fosse priorizada, supermercados e farmácias deveriam estar fechados, porque não há quem esteja correndo maior risco do que esses profissionais”, disse, rebatendo o posicionamento de Marcos Henriques. “Precisamos enxergar a necessidade do funcionamento das escolas para a formação da sociedade”, conclui Marcílio.
Os vereadores Carlão (Patriota) e Mikika Leitão (MDB) também se posicionaram a favor do retorno das aulas presencias. “Quando a gente fala de um plano de retorno, não estamos falando de um retorno imediato, mas das precauções que a Educação deve tomar para que ele aconteça. As aulas presenciais já deviam ter voltado muito tempo atrás. Esse é o desejo dos pais, e isso é importante para retomada econômica do nosso município. Se esses filhos não estiverem nas escolas, onde eles estarão quando os pais estiverem trabalhando?, questionou Carlão. “Lugar de criança é na escola. Se os bares estão abertos, inclusive com música ao vivo, por que não voltar as aulas? Afinal de contas, educação é tudo!”, ponderou Mikika Leitão.