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Covid-19: Prefeitura de João Pessoa zera número de pacientes graves nas UPAs e desafoga UTIs nos hospitais do município

A Prefeitura de João Pessoa zerou o número de pacientes com quadro grave de Covid-19 internados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital. Segundo a Secretaria de Saúde do Município, entre as ações que possibilitaram a recuperação dos pacientes está a adoção do protocolo intitulado de Dique Filipeia, específico de fisioterapia, que vem sendo realizado há 30 dias, no suporte aos pacientes nas UPAs que permitiu ainda maior rotatividade nos leitos de enfermaria e queda na evolução do quadro de pessoas que necessitariam de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nos hospitais municipais.

O protocolo envolve tanto o suporte ventilatório, quanto a reabilitação física e funcional de quem estava sendo atendido nas UPAs e também nas enfermarias dos hospitais ProntoVida, Santa Isabel e Ortotrauma. “A ideia surgiu, pois notamos que havia um gargalo. Independentemente do número de leitos de UTI que estavam se abrindo, todos estavam lotando. A gente colocou um dique contenção nas enfermarias para que o paciente não evoluísse para a UTI e, assim, conseguisse minimizar o fluxo de paciente para esses leitos”, disse o responsável pelo protocolo, o fisioterapeuta Murillo Frazão.

A outra fisioterapeuta também responsável pelo novo protocolo, Kamila Marinho, ressaltou que os pacientes internados na enfermaria que antes passavam até 17 dias nessa situação, a partir do suporte desse novo tratamento, passam, no máximo, sete dias.

O Dique Filipeia consiste em abordagem de suporte ventilatório, com máquinas específicas, associados a programas específicos de exercício físico, com isso o paciente mantém todos os órgãos funcionando de forma mais adequada.

Segundo o responsável pelo protocolo, os pacientes, em 24 horas, já apresentam sinais de melhora, com isso, conseguem receber alta de forma rápida. “Desde o princípio já sabíamos que a doença não atingia apenas o sistema pulmonar, mas sim outros órgãos. Então, o desenvolvimento do protocolo foi para melhorar o desempenho do pulmão, coração, músculos, sistema circulatório pulmonar e demais regiões do corpo”, explicou Murillo Frazão. A atividade envolve 150 fisioterapeutas, além das equipes técnicas, enfermeiros e médicos.

Com informações da Secom-JP