Prefeitos de todo o país cobram a despolitização da vacina e pedem ação do governo federal
Prefeitos de todo o país, por meio da Confederação Nacional de Municípios e da FAMUP, a Federação das Associações de Municípios da Paraíba, cobram vacinação em massa da população ao governo federal. Em nota, eles dizem: “esse é um momento em que a soma de esforços representa o único caminho para o enfrentamento da crise sanitária, política e econômica que a nação brasileira enfrenta e cujo agravamento encaminha o esgarçamento do tecido institucional, político e social”. O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 1.786 mortes por Covid. Já são 261 mortos.
Os gestores também cobram um Plano Nacional de Imunização eficaz e universal, com a compra e distribuição mais rápida e eficiente dos 350 milhões de doses vacinas anunciadas pelo Ministério da Saúde no dia 3, bem como o fortalecimento do SUS e do pacto federativo. Na omissão do governo federal, o movimento municipalista defende que Estados e Municípios comprem os imunizantes por meio de consórcios: “Caso persista a indefinição em relação ao cumprimento do calendário de distribuição pelo governo federal, o movimento municipalista defende que haja uma concertação nacional temporária dos Estados e seus respectivos Municípios para a aquisição suplementar das vacinas, respeitando-se o princípio constitucional de igualdade entre os brasileiros. Nesse cenário de vácuo da União e falha do PNI, esse processo pode ser facilitado com a utilização dos 305 consórcios públicos que já atuam na área de saúde e que abrangem 3.612 Municípios brasileiros, não sendo necessária e efetiva a criação de novas estruturas para esse fim”.
Por fim, prefeitos chamam o governo à responsabilidade na condução das medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19, pedem a despolitização da vacina e lembram que o Brasil tem pressa e que a hora é de união de esforços: “não cabe uma transferência de responsabilidade – o tradicional ‘jogo de empurra’ – em um momento dramático e sem precedentes como este. É urgente que todos – das três esferas de governo – trabalhem de forma harmônica e colaborativa para que, no menor prazo, seja possível aparelhar os hospitais, contratar leitos de UTI e, fundamentalmente, adquirir as vacinas, caminho único para que se retorne à tão necessária normalidade da vida econômica e social”.