Estudo revela que o Brasil paga pior salário entre 40 países da OCDE
Estudo realizado pelo “Educationat a Glance” mostra que o Brasil é o que paga pior salário aos professores do ensino fundamental ao médio, entre 40 países membros ou parceiros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O deputado federal e presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Pedro Cunha Lima (PSDB), pediu, nesta quinta-feira (15), Dia do Professor, apoio para projetos de autoria dele, que tratam da remuneração para profissionais da educação. Segundo Pedro, a falta de salário adequado para os professores é um dos principais desafios da educação brasileira ao longo de sua história.
Para garantir um reforço na área de educação, Pedro apresentou a PEC 20/2015, que cria o Magistério Público Nacional e transforma, por completo, a carreira do professor. A PEC da Nova Educação, como ficou conhecida, estabelece o teto salarial dos agentes administrativos públicos como o valor percebido pelos professores no topo da carreira.
“É preciso uma política única para todo o País de valorização do professor. Não podemos permitir distorções. Essa diferença na remuneração também afeta diretamente o desempenho educacional das crianças e jovens. Não existe melhoria na educação sem melhoria nas condições de renda e de trabalho do professor”, defendeu Pedro.
Mais dados – Os países latino-americanos presentes no “Educationat a Glance” 2019 (México, Costa Rica, Chile, Colômbia e Brasil) apresentam salários iniciais para seus docentes abaixo da média da OCDE (US$34.540), sendo que no Brasil os professores da rede pública contam com um piso salarial nacional anual equivalente a US$ 14.775, o menor entre os cinco países latinos.