Terrorismo bolsonarista
Prédios públicos invadidos. Vidros estilhaçados. Móveis destruídos. Documentos rasgados. Armas roubadas. Patrimônio histórico danificado. Poças de urina pelo chão. Jornalistas agredidos. Este é o saldo da ação dos terroristas fantasiados de patriotas ontem em Brasília.
Todos eles se autodenominam “cidadãos de bem”, mas sempre estão dispostos a cometerem o mal em nome do autoritarismo. No centro político de Brasília, os bolsonaristas deixaram um rastro de destruição.
Desde que a capital federal foi inaugurada, em 1960, nunca se viu um ataque de baderneiros dessa magnitude. Brasília já foi palco de um golpe militar em 1964 e diversas manifestações políticas. Mas, nunca em sua história, a cidade testemunhou tamanha sanha de uma minoria radical que, com uso da violência e mancomunado com algumas autoridades, fardadas ou não, atentaram contra a democracia.
Bolsonaristas assumidos, os terroristas verde-amarelos acreditam que a sociedade irá tolerar esse tipo de violência contra a democracia. Assim como Jair Bolsonaro, que continua foragido em Miami, eles continuam não reconhecendo a derrota eleitoral e agem contra o Estado democrático e de direito.
Os bolsonaristas sectários constituem uma minoria radical, mas extremamente perigosa. Muitos deles têm treinamento militar e demonstraram que são capazes de qualquer ação criminosa para solapar a democracia. Caso as forças democráticas não reajam com rapidez, força proporcional e dentro da lei, eles continuarão cometendo atos terroristas e minando a confiança nas instituições.
Os terroristas bolsonaristas querem o caos. A maioria dos brasileiros quer a paz e a segurança restabelecidas. Cabe ao governo federal impor o império da lei, base da convivência democrática, sob o risco de mergulharmos numa espiral de violência que só interessa a Jair Bolsonaro e seus asseclas.