“Pouso suave” em 2024 com instabilidade no mundo
O fascista Milei continua fazendo das suas e disputando o lugar nas manchetes. Desta vez ele resolveu dar seu show no Fórum de Davos e, infelizmente, ainda apareceram pessoas e órgãos de imprensa para aplaudi-lo. O desbocado canalha, armado em salvador, enquanto manda o “Carajo” para o seu próprio povo vocifera impropérios e ignorância, que, para vergonha geral, obriga o mundo a ouvir. Para vergonha dos economistas, o marginal não é capaz de distinguir e caracterizar as diferentes correntes econômicas e iguala Keynes, comunismo, socialismo, social-democracia, democracia cristã etc., como se fossem uma mesma teoria. Só o grande pensador Milei tem a verdade capaz de salvar a humanidade. E, claro, terminou o seu discurso com um sonoro “carajo”. Coitados dos argentinos que já começam a sentir o tamanho do “carajo” que lhes foi endereçado.
Mas, o Fórum de Davos abriu espaço para outro palhaço, fantoche do belicismo ocidental, o ator Zelensky. Embora, de mãos vazias (não conseguiu verbas para continuar o massacre do seu próprio povo), foi cortejado e aplaudido.
Apenas o Netanyahu ainda não conseguiu audiência, apesar de todos os crimes que os sionistas vêm cometendo, em Gaza, e das declarações que tem feito contra todas as decisões da ONU, sobre o território. Agora, rasgou a máscara e falou claramente que não admite a criação de dois estados na região, como reza a decisão da ONU, e afirma a maioria dos países do mundo. Como já havíamos previsto, o objetivo de Israel é destruir, matando ou expulsando do território, toda a população palestina. Este é o ideal sionista há muito declarado. Alguns jornalistas progressistas fazem questão de condenar os atos de terrorismo do Hamas e acusam esta organização de pretender praticar o genocídio do povo judeu, quando quem está cometendo atos de terrorismo de estado e o verdadeiro genocídio, é o estado de Israel. É de se lamentar que as organizações de judeus em todo o mundo não condenem os crimes, que estão sendo cometidos pelo estado judaico. No Brasil as grandes entidades judaicas procedem da mesma forma, acusando de antissemitas todos os que protestam contra a barbárie.
O apoio descarado dos EUA e da União Europeia, à ISRAEL, tem provocado atos de guerra de outras organizações árabes contra alvos destes países. Os ataques dos rebeldes Houthi, no Iêmen, contra navios comerciais, no mar vermelho, já provocaram bombardeios dos americanos e ingleses contra alvos neste país. A consequência disto é o agravamento da situação em toda a região, com a expansão do conflito aos países vizinhos. Israel já ameaça a invasão do Líbano, em resposta aos ataques de mísseis que tem recebido, de grupos aliados ao Hamas. Todo este panorama ameaça as rotas comerciais, que circulam pelo mar Vermelho e Canal de Suez, obrigando a mudança de rotas comerciais para o contorno da África. A consequência é o aumento do custo dos fretes, pois os navios são obrigados a contornar o sul da África.
Temos, portanto, mais uma perturbação para a economia mundial que, todas as organizações internacionais reconhecem, se encontra em situação crítica próxima a realizar um “pouso suave”. O Banco Mundial, por exemplo, em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais, prevê que, neste ano, a economia mundial crescerá apenas 2,4%, continuando seu ritmo de desaceleração, pelo terceiro ano consecutivo. A ONU faz estimativas idênticas. O Banco Mundial reconhece que o período entre 2020 e 2024 é o pior em 30 anos.
Temos de levar em consideração este panorama internacional adverso para fazer considerações sobre a nossa economia. Podemos ser atingidos pelas perturbações provocadas pelas guerras e pelo afundamento da economia argentina. O “pouso suave” externo vai contribuir para o nosso próprio “pouso suave”, que também já teve seu início. Não é uma questão de opinião ou vontade, é uma questão de dados e fatos. O Banco Mundial, para o Brasil, prevê um crescimento de 1,5%, para este ano de 2024. Apesar do endividamento das famílias ter caído, pela primeira vez em 4 anos, a inadimplência bateu recorde, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Isto significa que o consumo das famílias não contribuirá para o crescimento. Por outro lado, os estímulos provocados pelo aumento do salário-mínimo e pelos auxílios, como o bolsa família, perderam seu efeito estimulador.
Outro acontecimento que terá de ser enfrentado pelo governo é a substituição do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, com sua política monetária restritiva, tanto prejuízo nos causou. Espera-se que o governo substitua o sabotador.
Mas as complicações não ficam por aí. A equipe econômica tem a difícil tarefa de enviar ao congresso vários projetos de lei regulamentando a reforma tributária sobre o consumo. Para Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária, há 19 grupos técnicos preparando estes projetos, que devem regulamentar o imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência de Estados e Municípios, e a Contribuição sobre bens e serviços (CBS) da União. Deverão ser estabelecidas as alíquotas de referências e os setores que terão as alíquotas reduzidas.
Finalmente, há que lembrar que este ano é ano de eleições municipais. Muitas serão as negociações e é preciso consciência na hora de escolher os candidatos. Nada de votar no compadre, amigo ou vizinho. A votação tem de levar em consideração o partido político do candidato. Nenhum voto para qualquer partido de direita ou do centrão. É preciso tirar o apoio que sustenta o congresso mais reacionário e corrupto da nossa história, para que o presidente Lula possa governar. Basta de chantagens. Agora estará nas mãos dose leitores.