Política e sangue

Nos Estados Unidos existe um profundo culto às armas. A indústria armamentista forma um poderoso lobby político que pressiona os parlamentares norte-americanos contra qualquer tipo de restrição à compra e ao uso de armas de fogo.

Em consequência disso, todos os anos centenas de pessoas morrem em decorrência de massacres em escolas, parques, boates e shoppings. Elas são baleadas e mortas por atiradores que adquiriram suas armas da mesma forma que se compra um celular.

Ao longo da história estadudinense, quatro presidentes já foram brutalmente assassinados. O primeiro deles foi Abraham Lincoln, morto em 1865. Em 1881, o presidente James Garfield sofreu um atentado. Ele morreu enquanto era operado, por causa de uma infecção. O presidente William McKinley foi assassinado, em 1901, pelo anarquista Leon Czolgosz. John Kennedy levou um um tiro fatal em 1963.

Muitos outros presidentes conseguiram escapar com vida de atentados. Precisamente oito: Andrew Jackson, em 1835; Theodore Roosevelt, em 1912; Franklin Delano Roosevelt, em 1945; Harry Truman, em 1950; Richard Nixon, em 1974; Gerald Ford, em 1975; Jimmy Carter, em 1979, e Ronald Reagan, em 1981.

Tudo indica, até agora, que o ex-presidente Donald Trump sofreu um atentado a bala e, milagrosamente, sobreviveu apenas com um arranhão na orelha. Mesmo atordoado, Trump aproveitou o momento e ergueu os punhos cerrados para uma multidão em choque. Essa cena entrará para a história.

Assim como aconteceu com Jair Bolsonaro em 2018, o atentado contra Trump irá favorecê-lo politicamente. Se ele já estava à frente nas pesquisas eleitorais, agora já pode comprar o terno para a posse, no frio janeiro de 2025.