Israel: a nova Esparta
Na antiguidade, a cidade-estado Esparta transformou-se em símbolo maior de uma sociedade guerreira. Todos os homens espartanos, dos 20 aos 60 anos, eram soldados prontos para a guerra. Em consequência do seu expansionismo territorial, Esparta tornou-se o poder terrestre militar dominante em toda a região da Grécia Antiga durante muito tempo.
Em Israel da atualidade, também expansionista, a cultura bélica é mais generalizada do que em Esparta. Todos os cidadãos, ao completarem 18 anos, passam a fazer o serviço militar. As mulheres por dois anos e os homens por três. Até completarem 40 anos, os israelenses pertencem à reserva militar e podem ser mobilizados imediatamente para a guerra, como está acontecendo neste momento.
Além de um grande contingente de reservistas preparados para entrar em combate a qualquer instante, Israel investe maciçamente em tecnologia bélica. É a nação que tem o exército mais poderoso de todo Oriente Médio. Israel é o 14º país do mundo que mais gasta em arsenal militar. Em 2022, os gastos para este fim somaram R$ 23,4 bilhões. Mas esse poderio militar só é possível graças ao apoio financeiro dos Estados Unidos.
Assim como em Esparta, a guerra está na essência do Estado de Israel. Desde a sua formação, já enfrentou diversos conflitos contra os países da região. Os mais relevantes foram a Guerra Árabe-israelense (1948-49), a Guerra do Suez (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973). Em todas elas, Israel reafirmou seu caráter expansionista, consolidando seu domínio sobre os palestinos e ampliando seu território.
A solução para a sangrenta disputa na região está longe do fim. Só haverá paz quando os palestinos também tiverem um Estado, assim como os judeus já o têm, com condições mínimas para a sobrevivência e desenvolvimento do seu povo. Do contrário, a espiral de violência continuará ceifando a vida de milhares de inocentes.