Governo Lula: investidores fogem e Petrobrás quebra

Alerta! Atenção, povo brasileiro! A Petrobrás desvalorizou-se em R$ 55 bilhões! Atenção! O prejuízo acaba de aumentar em meio bilhão, de acordo com a Globo. Houve uma queda de 33,8% nos lucros. Corram todos. Vendam suas ações! Pânico nas bolsas. O “mercado” está em polvorosa.

Mas, por que todo o berreiro? Que fatos provocaram tanto pânico?

Esta semana foram divulgados alguns dados sobre os lucros da Petrobrás. A empresa teve um lucro de R$ 124,6 bilhões. Não foi prejuízo, foi lucro. Viva! Resolveram distribuir dividendos aos acionistas. Tudo normal. Foram distribuídos R$14,2 bilhões de dividendos ordinários. Durante todo o ano de 2023 a empresa distribuiu R$72,4 bilhões aos acionistas. Ótimo! Este é o segundo maior lucro da história da empresa, é o terceiro maior lucro de todas as empresas de capital aberto do Brasil e o terceiro maior lucro entre todas as petroleiras do mundo. Isto ninguém diz.

Apurados os resultados, o Conselho de Administração decidiu distribuir os dividendos ordinários, mas não os dividendos extraordinários. Estes foram reservados para novos investimentos e aumento das reservas, o que é absolutamente normal. Aí começou o berreiro. Convém lembrar que a Petrobrás é uma Sociedade Anônima de Capital Aberto e, como tal, é dirigida por órgãos constituídos pelos acionistas, segundo o número de ações. Deste modo, em uma sociedade deste tipo, os acionistas que possuem a maioria das ações comandam a sociedade. Na Petrobrás, o governo possui 50,26% das ações ordinárias. O segundo grupo de acionistas são os estrangeiros com 14,02% e o terceiro são os institucionais com 3,46%. Assim, o governo tem o controle absoluto da Petrobrás e por isto deve indicar os membros dos órgãos dirigentes. É claro que as decisões do Conselho de Administração, como em qualquer AS, seguem as determinações dos acionistas majoritários. Não é nenhuma surpresa nem absurdo que o governo, que tem a maioria das ações, influencie as decisões da empresa, como qualquer capitalista faria, em qualquer lugar do mundo. Por que o berreiro então?

Outro aspecto do problema: o valor de mercado caiu. A empresa perdeu R$55 bilhões. Que horror! Quantos petroleiros perdeu? Quantos poços de petróleo foram tomados? Quantos oleodutos, refinarias, veículos, plataformas foram perdidos? Nenhum.

Tudo continua como antes. O tal valor de mercado é um número. Como as ações da empresa são negociadas nas bolsas de valores e como nestas bolsas os preços variam segundo os humores do “mercado”, ou seja, são os especuladores que determinam as variações da oferta e procura, são os proprietários destas ações que perdem ou ganham. A empresa em nada é afetada. Continua como está com o seu patrimônio e instalações intactos. Os especuladores e jogadores das bolsas é que perderam ou ganharam. Eis o problema. Os comentários na mídia obedecem aos interesses dos especuladores e não das empresas e muito menos aos interesses do povo e da nação. No caso atual, há a intenção de atacar o governo Lula pensando que podem fazer com ele o que fizeram com a Dilma. A conspiração para dar um golpe não terminou. Para nossa felicidade, não conseguiram pelo modo tradicional, pois desta vez os militares criaram um pouco de juízo (com uma ajudinha dos americanos, claro), apesar da fúria de alguns generais novos e velhos. Mas não desistiram. Continuarão por outros meios, via congresso, via judicial, via desgaste do governo se não conseguir apresentar resultados etc. Vão quebrar a cara. Em relação à Petrobrás, nada de pânico. Dentro de mais algum tempo, os especuladores voltarão a comprar e as ações voltarão a subir de preço e, tão milagrosamente quanto perdeu o valor, a Petrobrás voltará a ganhar.

Há outro assunto que gostaria ainda de abordar nesta Análise: a fuga dos capitais estrangeiros, em pânico, com o comunismo do governo Lula. Lamentamos dar informações contrárias. A semana foi rica em notícias.

Um cortejo de montadoras desfilou no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para falar com o ministro Alckmin. Todos estão apressados em fazer grandes investimentos no Brasil. Estiveram em entendimentos a BYD, a Toyota, a GWM, a Stellantis (que reúne a Volks, a GM e a Fiat), a Renault, a Mercedes, a Nissan. Somadas, as intenções de investimento atingem o total de R$87,8 bilhões, sendo que R$67,2 bilhões teriam início nos próximos 3 meses.

A montadora chinesa BYD anunciou o investimento de R$300 bilhões em nova fábrica na Bahia tendo comprado as instalações da antiga Ford em Camaçari. Pretende produzir 150 mil veículos por ano. Começará ainda este ano montando veículos com peças importadas e a partir do próximo já serão 25% nacionais. Promete ainda atrair vários produtores de componentes para sua linha. A Toyota manteve entendimentos com o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para o investimento de R$11 bilhões em nova fábrica. A Great Wall Motor (GWM) comprou a antiga fábrica da Mercedes para iniciar sua produção. A Audi promete voltar a produzir no Paraná. A Renault voltou a incluir o Brasil nos seus planos de investimentos. A Nissan, a GM e a Stellantis andaram em conversas também no MDIC para a realização de novos investimentos, sendo que a Stellantis que comanda a Volks, a GM e a Fiat prometem investir R$30 bilhões. Somadas todas as intenções o montante de investimentos das montadoras nestes próximos 10 anos atinge o total de R$87,8 bilhões sendo que nos próximos 3 meses as promessas atingem R$67,2 bilhões.

Se os planos forem concretizados teremos, nos próximos tempos, um grande crescimento do PIB, do emprego, da massa salarial e, consequentemente, da demanda. E o Brasil voltará ao seleto time dos maiores produtores de veículos do mundo.

Que se cuidem os profetas do caos. Os golpistas precisam agir rápido.

 

Imagem: BYD Dolphin – Foto: Reprodução/Twitter