Golpista aloprado
A fatídica reunião do então presidente Bolsonaro com seus asseclas, em 22 de julho de 2022, tinha cheiro de golpe, forma de golpe, cor de golpe, cara de golpe, postura de golpe, discurso de golpe. Era a preparação para o golpe!
Durante o encontro, sumiu o presidente. Surgiu o golpista Bolsonaro. Sem máscara, sem freios, sem meias palavras. Era a imagem do desespero frente ao fracasso em ser reeleito.
Em sua trôpega fala, o aprendiz de ditador vociferou contra a democracia, contra a justiça eleitoral, contra os ministros do STF. Ele sabia que ia perder. Tremeu de desepero diante da iminente derrota.
Seus ministros permaneceram calados, coniventes. Um silêncio cúmplice. Alguns deles se pronunciaram. O general Augusto Heleno foi o mais afoito. Heleno, ministro do GSI, declarou, enfaticamente, que a ação golpista teria que ser realizada antes da eleição. Para isso, deveria “infiltrar agentes da Abin nas campanhas eleitorais.” A ilegalidade era explícita. O esboço do golpe estava traçado.
Uma das grandes vantagens da democracia, entre muitas, é evitar que um determinado grupo político se perpetue no poder. A alternância de dirigentes do país, escolhidos pela maioria dos eleitores, é a melhor forma de evitar tiranias.
O golpe de Bolsonaro e sua trupe fracassou. A cúpula do exército brasileiro não quis seguir o messias mambembe. As instituições não engoliram as suas bravatas.
Só resta a investigação, julgamento e punição exemplar para Bolsonaro e seus seguidores golpistas. A democracia agradece.
Bom carnaval.