Genocídio palestino
“Já morreram palestinos demais no conflito entre Israel e Hamas.” Essa frase foi dita por Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, principal aliado e fornecedor de armas para Israel. O número de crianças, mulheres e civis massacrados na Faixa de Gaza é tanto que obrigou o governo norte-americano a reconhecer o absurdo dos bombardeios sistemáticos.
Desde a fundação do Estado de Israel, em 1948, a escalada de violência só tem aumentado no Oriente Médio. Os atentados terroristas tiveram início com as ações do grupo Irgun, organização paramilitar judaica de extrema direita, e ganharam força governamental com o expansionismo territorial israelita na região, quando milhares de palestinos foram obrigados a abandonarem seus lares. Violência gera violência.
Na atual onda de violência, iniciada em 7 de outubro, quando o grupo Hamas entrou no território israelense, massacrou 1400 judeus e sequestrou cerca de 240, a reação do Estado de judeu tem se apresentado desproporcional. As ações militares israelenses indicam que a aniquilação total dos palestinos é a “solução final” do problema.
O ministro do patrimônio israelense Amichay Eliyahu foi explícito. Em recente entrevista para uma rádio religiosa judaica, ele defendeu o uso de uma bomba nuclear contra o povo palestino, encurralado e faminto na Faixa de Gaza. Com a repercussão negativa da sua proposta, o ministro foi apenas afastado do cargo. Mas sua proposta encontra mais adeptos.
O governo de Israel usa o holocausto, o genocídio de judeus praticados pelo nazismo, como justificativa histórica para cometer as atrocidades contra o povo palestino desde a formação do seu Estado. Isso é indefensável dentro dos padrões humanitários. A perseguição ao povo judeu não pode ser álibi eterno para o banho de sangue colocado em prática pela máquina de guerra israelense.