Bukele: o novo ícone da direita
Poucos ouviram falar em Nayib Bukele, o jovem presidente de El Salvador, reeleito com de 83% dos votos. Sua espantosa votação advém do forte prestígio que ele obteve entre os salvadorenhos ao colocar em prática medidas extremas de combate à criminalidade.
El salvador, um pequeno país encravado na América Central, estava dominado pelo crime organizado. As disputas entre as quadrilhas causavam centenas de mortos todos os anos. Em 2015, El Salvador foi considerado a nação mais perigosa do mundo. Sua taxa de assassinatos alcançou 106,3 por 100 mil habitantes. O maior índice da América latina.
Em 2019, o empresário Nayib Bukele, um descendente de palestinos com apenas 38, foi eleito presidente do país. Sua primeira medida no cargo foi decretar estado de emergência nacional e desencadear uma guerra de fogo e sangue contra as organizações criminosas.
As duras medidas de Bukele diminuíram drasticamente os índices de violência no país. Com apenas 6,5 milhões de habitantes, El salvador tem cerca de 2% da sua população na cadeia. É o maior índice de presos do mundo. Só em 2022 foram encarcerados 46 mil pessoas acusadas de pertencerem as gangues que aterrorizavam o país. No rastro da guerra contra os criminosos, surgiram denúncias de violação dos direitos humanos, principalmente contra as pessoas mais pobres.
No Brasil, a violência passou a ser o primeiro fator de preocupação na cabeça dos eleitores. Em recente pesquisa do Instituto IPSOS intitulada What Worries the World, mostra que as três principais preocupações dos brasileiros são crime e violência, citado por 41% dos entrevistados, pobreza e desigualdade, por 38%, e saúde, por 34%.
Diante desse quadro de violência que assola a maioria dos países da América Latina, principalmente o Brasil, as ações do presidente Nayib Bukele estão ganhando cada vez mais destaque. Ele servirá de inspiração para muitos postulantes a presidente nas próximas eleições.