Política com pimenta

Lançamento de Tacyana Leitão é parte de projeto de fortalecimento do PSB

O PSB elegeu o maior número de prefeitos na Paraíba em 2016: 52. Em 2020 foi o Cidadania, com o governador João Azevêdo tendo migrado para a legenda. À época, o PSB acabou com apenas cinco prefeituras. A desidratação se explicava pela Operação Calvário, pelo racha entre João e o ex-governador Ricardo Coutinho e toda incredulidade do eleitor. Em 2024, com João de volta aos girassois, existe uma tendência de que os ventos soprem a favor do PSB – há histórico recente de filiação em massa de gestores ao partido -, isso se João permanecer na casa.

A verdade é que a situação do PSB não é das mais confortáveis. A legenda perdeu espaço para outras na Assembleia Legislativa, a exemplo do Republicanos.  Não elegeu Pollyana Dutra senadora apesar da expressiva votação que ela recebeu, fez apenas um federal e corre o risco de ficar sem prefeituras importantes no estado. João Azevêdo, principal figura do partido, já declarou apoio ao projeto de reeleição de Cícero Lucena, importante aliado do PP. Sem a capital, cabe ao partido a disputa em territórios-chave: Campina Grande, com Jhony Bezerra (Saúde), e Cabedelo, com a candidatura de Ricardo Barborsa (Porto de Cabedelo), os dois maiores orçamentos do estado depois de João Pessoa.

Bayeux também não fica de fora das costuras que indicam uma postura ofensiva do PSB em busca de uma maior musculatura. Lá o próprio João Azevêdo lançou o nome de Tacyana Leitão como candidata do partido com apoio da atual prefeita, Luciene Gomes. O arranjo é fruto da articulação do deputado Felipe Leitão, marido de Tacyana. Donde se tira que, para além das alianças circunstaciais com PP e PSD, dos irmãos Ribeiro, o Partido Socialista Brasileiro tem projeto que passa pelo seu fortalecimento, que, por usa vez, passa pela eleição de candidatos(as) próprios. Garantir essa rede com malha resistente será fundamental para que o partido chegue em 2026 forte e competitivo.

Por falar em rede de apoio…

Depois de silenciosa disputa pelo comando do PDT entre João e Cícero, o governador saiu na vantagem e conseguiu emplacar Emília Correia, diretora-presidente da CEHAP, como vice-presidente do partido, que permanece sob a batuta de Marcos Ribeiro. Junto com ela, outros dois vices: Charles Camaraense,  prefeito de Cuité,, Emília Correia Lima, atual diretora presidente da CEHAP, e o advogado André Ribeiro, que disputado o Senado ano passado pela sigla.