“Nós não queremos que o trabalhador seja um eterno fazedor de bico”, diz Lula
Ao assinar uma portaria criando um Grupo de Trabalho (GT) para estudo e implantação de uma política de valorização do salário mínimo nesta quarta-feira (8), o presidente Lula falou a um grupo de sindicalistas que acompanhavam a cerimônia. Ele criticou a Reforma Trabalhista que precarizou as relações entre patrão e empregado, e afirmou que é preciso um novo relacionamento entre capital e trabalho – uma relação que absorva as mudanças do mercado mas que não despreze direitos -, e mostrou disposição em regularizar a situação de quem motoristas de aplicativo. Disse:
“Trabalhador de aplicativo não é um microempreendedor. Ele percebe que não é microeempreendedor quando se machuca, quando fica doente, quando quebra a moto, quando quebra o carro.”
E Lula foi taxativo:
“Nós não queremos que o trabalhador seja um eterno fazedor de bico. Nós queremos que o trabalhador tenha direito garantido quando entrar para trabalhar, e que ele tenha um sistema de seguridade social que o proteja”.
Mas também foi cauteloso:
“Nós vamos ter de construir isso, e se a gente construir junto fica mais difícil desmanchar”.
Essa foi a primeira vez em seis anos que sindicalistas foram recebidos no Palácio.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil