Governo Federal corta mais R$147 milhões do orçamento da Rede Federal de Educação
A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que abarca mais de um milhão e meio de estudantes e 80 mil servidores, sofreu um corte nesta quarta-feira (5) de R$147 milhões por meio do Decreto 11.216, que altera o Decreto nº 10.961, de 11/02/2022.
Em nota, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) afirmou que “diante desse contexto financeiro e orçamentário caótico, quem perde é o estudante, que será impactado na continuidade de seus estudos, pois os recursos da assistência estudantil são fundamentais para a sua permanência na instituição. Transporte, alimentação, internet, chip de celular, bolsas de estudo, dentre outros tantos elementos essenciais para o aluno não poderão mais ser custeados pelos Institutos Federais, pelos Cefets e Colégio Pedro II, diante do ocorrido”.
Ainda em nota, o Conif esclarece que o corte vai comprometer todo o funcionamento das Rede e “impactar também na manutenção dos serviços essenciais de limpeza e segurança, que serão descontinuados, comprometendo ainda as atividades laboratoriais e de campo, culminando no desemprego e na precarização dos projetos educacionais, em um momento de tentativa de aquecimento econômico e retomada das atividades educacionais presenciais no pós-pandemia”.
O corte de recursos na Educação não é novidade. Em maio a Educação sofreu um corte de 3,2 bi. Universidades, institutos federais e órgãos como o Inep foram prejudicados pela tesourada; medida visava acomodar os reajustes prometidos aos servidores para melhorar a imagem de Bolsonaro em ano eleitoral.