Datafolha: Lula lidera intenções de voto no NE; Bolsonaro tem 24%
Estamos a um passo das eleições.
A 44 dias do pleito, temos o seguinte cenário segundo Pesquisa DataFolha publicada nesta quinta-feira (18): o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva tem 47% no primeiro turno, contra 32% de Jair Bolsonaro (PL), 7% de Ciro Gomes (PDT), 2% de Simone Tebet (MDB) e 1% de Vera Lúcia (PSTU). Os demais não pontuaram*.
Lula vence, segundo a pesquisa que ouviu 5.744 em 281 cidades brasileiras, com margem geral de erro de 2%, nos três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro respectivamente.
Na região Nordeste, que tem 27% dos eleitores do país, a vantagem lulista é ainda mais ampla: 57% do petista contra 24% de Bolsonaro, donde se tira que as medidas eleitoreiras de “ataque” do governo para ampliar seu capital eleitoral, como a ampliação de benefícios sociais (Auxílio Brasil e auxílio para taxistas e caminhoneiros) foram pouco efetivas.
Estamos vendo a materialização da polarização que setores da imprensa tanto criticam, ignorando o fato de que ela é parte do processo, produto de um centro enfraquecido e pouco competitivo e repete o embate de 2018 porque é resquício dele.
O atual presidente se aproxima do fim do mandato sem entregas consistentes, e permenece difundido notícias fraudulentas (fake news) e teorias de conspiração por meio de uma máquina de propaganda devidamente azeitada para manchar a reputação de seus adversários.
Essa estratégia fará alguma ou toda a diferença no pleito? A tensão provocada pelo ódio que marcou as eleições passadas será elemento de destaque mais uma vez? Até onde a pauta moralista ou de costumes resistirá à fome, ao achatamento dos salários, alta da inflação e aumento generalizado dos preços?
Não há prego batido, nem ponta virada. A pesquisa que trazemos, como qualquer outra, reflexe o momento. A esta altura do campeonato é pouco provável uma mudança brusca nos números e na percepção do eleitor. Só nos resta esperar o resultado das urnas.
*Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB), Felipe d’Ávila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), José Maria Eymael (Democracia Cristã), Leonardo Péricles (UP) e Roberto Jefferson (PTB).
