Uma imagem que diz muito
A imagem em que o pré-candidato ao governo da Paraíba, Nilvan Ferreira (PL), aparece armado ao lado de outros bolsonaristas circulou esta semana. Ela é a cara da política de ódio adotada pela extrema-direita no Brasil.
Marcada pelo tom beligerante, a extrema-direita de Nilvan aposta na polarização que empurra o país no rumo da desdemocratização. É fundamentalismo político. Desagrega, descontrói.
A política deve oferecer meios para o combate à violência, para a promoção da cidadania, a garantia dos direitos sociais. Sem isso, ela é esvaziada e perde seu propósito.
Quem propõe o armamento da população como mecanismo de defesa não tem proposta de segurança pública alguma. É discurso barato que foca na transferência de responsabilidade para embaçar um problema que permanece e se aprofunda.
De acordo com a Polícia Federal, 204,3 novas armas foram licenciadas em 2021 e estão nas mãos de pessoas comuns – alta de 300% em relação às 51 mil registradas em 2018. Essa farra é resultado da frouxidão das regras por parte de Jair Bolsonaro,, e vai na contramão da ” literatura científica empírica internacional e nacional de que quanto maior a circulação de armas, mais homicídios, feminicídios, suicídios”, segundo aponta reportagem da Exame que ouviu um especialista no assunto.
Nilvan, cabo Gilberto, que aparece na foto, replicam Bolsonaro em tudo porque enxergam nesse caminho uma oportunidade eleitoral. A arma deles é a da força, do estado de exceção e não do debate fundamentado. Já a da política, é a do diálogo e da inclusão.