Paraíba registra primeiro caso de grávida infectada por Zika em 2022
A Paraíba registrou o primeiro caso de grávida infectada pelo vírus Zika em 2022, segundo a Secretaria de Saúde estadual.
O vírus é o principal causador de microcefalia em bebês. Para as gestantes que contraíram a doença, ainda não há tratamento para reduzir as chances de o bebê nascer com a malformação.
Em outros estados, já foram registrados casos de grávidas infectadas este ano. Em abril, a Secretaria de Saúde de Goiás confirmou dois casos no interior do estado.
Pessoas infectadas pelo vírus Zika podem não perceber a doença, pois ela é assintomática em 80% dos casos. Com isso, é muito importante que as mulheres tenham atenção redobrada em relação ao acompanhamento pré-natal, afirma a pediatra e pesquisadora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Marizélia Ribeiro.
“A gestante precisa consultar seu médico ou enfermeiro que faz o pré-natal para saber que tipo de repelente pode usar, e de quanto em quanto tempo ela pode passar o produto. Ela não deve usar sem orientação, pelo perigo para a saúde dela e para a saúde do bebê”, alertou.
O principal modo de transmissão do vírus, segundo a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), é a picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. Mas a pediatra aponta que há outras formas de transmissão do vírus às gestantes.
“As pesquisas mostraram que o vírus também pode passar na relação sexual. Então as gestantes precisam se proteger utilizando os preservativos. Porque, às vezes, o parceiro pode não ter nenhum sinal, [pode não ter] as manchinhas, a febre, e ele ter Zyka, que foi o que a gente viu na epidemia de 2015 e 2016”, reforça Marizélia.
Dados PB
De acordo com o boletim epidemiológico nº 06, da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), foram registrados 23.275 casos prováveis de arboviroses desde janeiro até agora, sendo 13.568 de dengue, 9.332 de chikungunya e 375 de zika.
Quando comparado ao boletim anterior (nº 05), houve um aumento significativo de casos das três arboviroses, sendo que o boletim atual registrou 13.568 casos de dengue enquanto no anterior foram 6.773 casos, um acréscimo de 100,32%. Quando à chikungunya, no boletim atual são 9.332 casos e, no anterior, 4.464, o que significa um aumento de 109,05%. Já a zika, são 375 casos atualmente e 193 casos no boletim passado, um acréscimo de 94,30%.
Com informações da Agência Brasil/SES-PB