Opinião

O silêncio estratégico de Romero Rodrigues

O silêncio de Romero Rodrigues sobre suposta aliança com João Azevedo para as eleições de 22 ou sobre sua candidatura ao governo como representante da oposição o mantém nos holofotes. Não há inovação no método que alimenta toda sorte de especulações, mas em um cenário tão pobre de opções, o assunto vai sendo requentado até que fato novo force a virada de página.

Romero permanece em Brasília. Já conversou com dirigentes nacionais do PSD. Já se encontrou com o governador paraibano por aquelas bandas (deve voltar a fazê-lo ainda nesta terça-feira) e vem sendo assediado pelos colegas tucanos a seguir com o plano original. Nada de concreto até aqui até porque nada nesse processo é tão simples. Há custos implícitos em toda parte.

Enquanto isso, governistas celebram a ‘adesão’ que ainda não veio – consideram a aliança com Romero uma primeira vitória de João e uma porta aberta para a conquista do eleitorado de Campina Grande e região. Oposicionistas assumem um discurso mais reticente. Afinal, dizem, o jogo só acaba com termina. E como não têm outra opção, não devem desistir tão fácil.

Romero segue saboreando algo inédito: virou o centro dos desejos de grupos políticos rivais. Esse ‘cozido’ ficará em banho-maria, muito provavelmente, até o fim da semana. O resultado, certamente, mudará o rumo da política local. Saindo da oposição, Romero a esvaziará.  As apostas seguem em alta. Nesse momento, porém, é ele que segue em vantagem, mais cobiçado que nunca.