Brasil, Eleições

Oito partidos assinam nota conjunta em defesa do sistema eleitoral brasileiro

Oito partidos políticos divulgaram uma nota neste sábado (10) em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro. A manifestação foi assinada pelos presidentes dos partidos Democratas, MDB, PSDB, Novo, PSL, PV, Solidariedade e Cidadania.

A nota foi divulgada após o presidente Jair Bolsonaro  ter dito que o Brasil pode não ter eleições em 2022 se não houver voto impresso. Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados uma proposta de Emanda à Constituição que prevê voto impresso.

“A Democracia é uma das mais importantes conquistas do povo brasileiro, uma conquista inegociável. Nenhuma forma de ameaça à Democracia pode ou deve ser tolerada. E não será”, diz a nota.

A manifestação diz ainda que os partidos têm “total confiança no sistema eleitoral brasileiro” e que as eleições “garantem a cada cidadão brasileiro o direito de escolher livremente seus representantes e gestores”.

“Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável. São as eleições que garantem a cada cidadão brasileiro o direito de escolher livremente seus representantes e gestores. Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto. Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição”, afirma o documento.

Sem se referir nominalmente a Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também se manifestou sobre o tema em suas redes sociais.

“Nossas instituições são fortalezas que não se abalarão com declarações públicas e OPORTUNISMO. Enfrentamos o pior desafio da história com milhares de mortes, milhões de desempregados e muito trabalho a ser feito”, disse o presidente da Câmara.

Lira afirmou ainda que os “membros dos poderes republicanos” devem ter “responsabilidade e serenidade para não causar mais dor e sofrimento aos brasileiros”.

“Tenhamos todos, como membros dos poderes republicanos, responsabilidade e serenidade para não causar mais dor e sofrimento aos brasileiros. Reitero o meu compromisso; a Câmara avançará nas reformas, continuará a ser o poder mais democrático e plural do país e não se deixará levar por uma disputa que aprofunda ainda mais a nossa crise”, afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados disse também que o eleitor deve ter “emprego e vacina” e que a urna é a “única juíza de qualquer disputa política”.

“Deixemos que o eleitor tenha emprego e vacina, que deixe o seu veredito em outubro de 2022 quando encontrará com a urna; essas sim, a grande e única juíza de qualquer disputa política. O nosso compromisso é e continuará sendo trabalhar pelo crescimento e a estabilidade do país”, afirmou.

As siglas disseram que têm confiança nas eleições. O sistema eleitoral é “moderno, célere, seguro e auditável“, lê-se. O presidente Jair Bolsonaro disse na 5ª feira (8.jul.2021) que, sem voto impresso, não haverá pleito em 2022.

O presidente Jair Bolsonaro quer alterar o modelo de votação e adotar o voto impresso. Mudanças eleitorais, porém, precisam ser aprovadas até outubro deste ano para valerem em 2022.

Leia a carta:

A Democracia é uma das mais importantes conquistas do povo brasileiro, uma conquista inegociável.

Nenhuma forma de ameaça à Democracia pode ou deve ser tolerada. E não será.

Nas últimas três décadas, assistimos a muitos embates políticos, tivemos a sempre salutar alternância de Poder, soubemos conviver com as diferenças e exercer com civilidade e responsabilidade o sagrado direito do voto.

Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável.

São as eleições que garantem a cada cidadão brasileiro o direito de escolher livremente seus representantes e gestores.

Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto.

Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição.

ACM NETO (DEMOCRATAS), BALEIA ROSSI (MDB), BRUNO ARAÚJO (PSDB), EDUARDO RIBEIRO (NOVO), JOSÉ LUÍS PENNA (PV), LUCIANO BIVAR (PSL), PAULINHO DA FORÇA (SOLIDARIEDADE) e ROBERTO FREIRE (CIDADANIA)