Trump again?
Donald Trump, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, está cada vez mais próximo de ocupar novamente a Casa Branca, queiramos ou não. Ao menos que a justiça americana o impeça devido à tentativa de golpe contra a democracia, perpetrado em 6 de janeiro de 2021.
Nunca, na história recente dos Estados Unidos, um candidato a presidente usou o ódio, o preconceito e o medo com tanta franqueza e habilidade. Esgrimindo uma retórica agressiva, prometendo deportar cinco milhões de imigrantes ilegais, Trump tem angariado cada vez mais prestígio entre o eleitorado, principalmente homens brancos, integrantes da classe média, armamentistas, que acreditam que a América deve ser Great Again.
Na América do Norte, a economia vai bem, mas o presidente vai mal. A mais recente pesquisa eleitoral nacional, publicada sábado (2 de fevereiro) pelo jornal The New York Times, indica que Donald Trump tem 48% de apoio entre os eleitores. Já Joe Biden detém 43% da preferência dos norte-americanos. O resultado, para um candidato que ocupa o Salão Oval, é um desastre.
A possível vitória de Trump não é graças aos seus “dotes de comunicador”. Sua liderança nas pesquisas deve-se, principalmente, ao desempenho pessoal e político do seu adversário: o pusilânime Joe Biden. O apoio irrestrito do presidente Biden ao genocídio praticado por Israel na faixa de Gaza tem derretido seu fraco prestígio entre os jovens democratas e integrantes da crescente comunidade mulçumana no país.
Neste planeta cada vez mais conectado, caso Donald Trump vença a eleição presidencial, a extrema direita em todo o mundo ganhará força política. No Brasil, ela irá sonhar em ocupar mais uma vez o Palácio do Planalto, com ou sem Bolsonaro na cadeia.