O sionismo no século XXI
O sionismo é a ideologia que conduz a atuação do governo de Israel. Ele é responsável pelo nacionalismo exacerbado que forjou, a ferro e sangue, a política externa imperialista do Estado judaico contra o povo palestino desde a sua fundação, em 1948. O sionismo surgiu no final do século XIX, principalmente nos países da Europa Central e Leste Europeu, onde ocorriam as maiores perseguições ao povo judeu. O sionismo propunha o fim da diáspora judaica e o retorno à Palestina, considerada a “Terra Prometida.”
O principal ideólogo do sionismo político foi o judeu austríaco Theodor Herzl (1860-1904). Em seu livro Der Judenstaat (O Estado Judeu), ele defendia a formação do Estado de Israel como a libertação definitiva do povo judaico. Mesmo que isso significasse, na prática, a tomada de terras dos palestinos que ocupavam a região do Oriente Médio.
Benjamin Netanyahu, atual Primeiro-ministro de Israel, é o maior exemplo do sionismo contemporâneo. Militar de formação, ele atuou em diversas batalhas, integrando as forças especiais israelenses. Sendo o Primeiro-ministro que nasceu em Israel, Netanyahu simboliza a geração de judeus que surgiu na Palestina e chegou ao poder através da guerra e da política expansionista.
Netanyahu lidera o partido Likud, organização política de direita que compôs o governo com organizações de extrema-direita e fundamentalistas judaicos no intuito de realizar uma profunda reforma no judiciário, numa escalada autoritária sem precedentes na história de Israel.
Benjamin Netanyahu assumiu o poder garantindo segurança interna aos israelenses e manutenção dos domínios coloniais nos territórios ocupados. O sangrento ataque do Hamas pôs em xeque seu prestígio político e militar. A violenta reação contra os habitantes da Faixa de Gaza definirá seu futuro político. O massacre contra os palestinos objetiva, principalmente, a manutenção do seu poder, extremamente abalado pelo fiasco em proteger seus cidadãos.