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Criminalista afirma que Maria Cristina nunca atuou em defesa das advogadas e relata casos onde ela foi omissa na defesa das mulheres

A advogada criminalista Erika Bruns afirmou que a pré-candidata a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), Maria Cristina, não atua em defesa da mulher advogada. A jurista destacou três pontos em que a pretensa candidata foi contra ou omissa em casos envolvendo mulheres.

“Ela participou da única gestão do Brasil que votou contra a paridade de gênero no registro das chapas para eleições da Ordem, não tecendo qualquer crítica contra esse absurdo, e se omitiu em casos graves como o de assédio dentro da Ordem e da demissão de uma funcionária com câncer. Não adianta lançar candidatura dizendo que defende mulher por ser mulher, quando se tem uma história de omissão na defesa do público feminino”, disse.

Maria Cristina foi conselheira estadual e presidente da Comissão de Direito de Família na primeira gestão de Paulo Maia e vice-presidente da Rede Sororidade até o mês passado, nesta segunda gestão. “Ainda bem que a paridade foi aprovada, pois assegura equilíbrio nas eleições e garante espaços para mulheres que efetivamente defendam seus direitos”, destacou.

Outro fato que Maria Cristina se omitiu enquanto conselheira estadual foi na demissão da funcionária da OAB-PB Lanusa do Monte, após denunciar assédio sexual e moral sofrido por ela por parte do então secretário-geral, Assis Almeida, dentro da instituição. Ela atuava há 20 anos como secretária na Ordem dos Advogados.

Maria Cristina, segundo relatou Erika, também não se posicionou ou saiu em defesa da agente administrativa Maria de Fátima Estrela, que tinha 27 anos de serviços prestados à OAB, subseccional Sousa, e foi demitida sem justa causa quando já se encontrava doente, portando câncer no colo do útero, estando incapacitada para o trabalho. Ela acionou a justiça que determinou a reintegração ao trabalho.

“Acredito na força da mulher advogada como fonte transformadora da sociedade e, por isso luto em defesa do fortalecimento dos direitos e das prerrogativas em prol da classe de advogados o que reflete direitamente nos direitos de todo cidadão. Precisamos de representantes que sejam efetivamente militantes na advocacia e na luta por direitos, e não de candidaturas inventadas artificialmente com pessoas que não tenham esse histórico”, disse Erika Bruns.