Opinião

Efraim Filho se capitaliza para o Senado com apoio de Veneziano e Galdino

Se o problema era falta de apoio, agora não é mais. Na manhã desta segunda-feira (23), o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (PSB), e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), anunciaram formalmente, em coletiva de imprensa, que estão com o deputado federal Efraim Filho (DEM) na candidatura dele ao Senado em 2022.

Não foi uma adesão gratuita. Em troca, Efraim Filho declarou apoio a Murilo Galdino, irmão de Adriano, para deputado federal. Costuras que amarram a relação entre os aliados de João Azevêdo, candidato à reeleição, mas que não resolvem de um todo o problema de Efraim.

O democrata tem outros reforços em seu time, a exemplo dos deputados estaduais Ricardo Barbosa e Buba Germano, ambos do PSB, e Taciano Diniz (Avante),  além de 144 prefeitos segundo as contas do próprio Efraim. Entre esses gestores, dois são do PP, partido de seu principal oponente nessa queda de braço: o também deputado federal Aguinaldo Ribeiro.

Está aí boa parte dos problemas de Efraim que tem apostado todas as suas fichas nesses processo. O DEM é aliado antigo do governo e tem 25 prefeituras no Estado, mas Aguinaldo e o PP não ficam atrás nesse quesito: das 22 prefeituras comandas pelo Progressistas na Paraíba, uma delas é a capital, que, sozinha, tem mais eleitores que toda a população da segunda maior cidade do Estado.

O que vai pesar na decisão de João? Se antiguidade fosse critério de desempate, Efraim estaria feito e sua vaga na majoritária assegurada, mas na política os critérios são outros. A aliança Morais/Galdino pode até representar alguma vantagem, mas será suficiente para definir o jogo? O tempo dirá e o conflito está posto.